segunda-feira, 14 de junho de 2010

A força do compromisso

Participar dos ensaios não é cumprir formalidade, é honrar o compromisso assumido, parte fundamental para o êxito pretendido

Recentemente, conversei com o líder de um ministério de dança sobre a falta de compromisso das pessoas com relação à obra de Deus. Ele me falou das lutas que eles têm enfrentado devido ao excesso de faltas nos ensaios do grupo. Dor de cabeça, dor no pé, mal estar repentino, visita a casa de parentes e tantas outras desculpas tentam justificar as constantes faltas. E isso impede a excelência do trabalho que deve ser feito sob unção e temor de Deus, primeiramente para ele e depois para a edificação da Igreja.
Essa conversa me fez pensar no quanto as pessoas estão deixando a desejar na obra do Senhor. Tudo é motivo para faltar – estudos, festas, família, dinheiro... É claro que não podemos julgar as pessoas, mas como participantes da obra do Senhor sabemos que existem aqueles que criam situações inimigináveis e até ilárias para faltar. Mal sabem eles que os ensaios, por mais cansativos que sejam, são importantes para o aprimoramento, a unidade e o crescimento do grupo – seja ele de dança, louvor, teatro etc.
Infelizmente, muitos agem como "fogo de palha" na obra de Deus. Vão nos primeiros ensaios, falam que "vão fazer e acontecer", mas depois começam a criar situações diversas para faltar. Quando, na verdade, seria muito mais simples falar a verdade ou dar lugar para outras pessoas que têm compromisso com as coisas de Deus.
O compromisso é a marca registrada do crente. É como se fosse o "selo de qualidade" dele. Por isso, ao assumir o compromisso de participar de algo, a pessoa deve fazer o possível para cumpri-lo, caso contrário, as coisas começam a desandar. Ensaiar é preciso. Faltar, só se houver realmente necessidade.
É comum as pessoas aceitarem facilmente o convite para uma festa ou um passeio, mas quando o assunto é igreja não têm a mesma disponibilidade. Inventam desculpas e colocam tudo acima da igreja, ou devo dizer de Deus, claro. Pois não é para ele o nosso trabalho ou ele é um mero expectador da nossa vida que sempre fica em segundo lugar?
Neste sentido o líder precisa ser amoroso, mas firme. Não se faz nada para Deus com desleixo. Então, impor regras e exigir o cumprimento delas é o mínimo que se deve cobrar. Quem não quiser se submeter também não deve participar. Deus exige primícias e não sobras.
As dicas a seguir são para líderes e liderados. Não é uma receita pronta, mas informações que vão ajudar os líderes a aprimorar o ambiente dos ensaios e motivar os liderados a participar deles.

Para o líder
Saia da rotina. Faça de cada ensaio uma oportunidade para que os liderados cresçam espiritual e teoricamente.
Vez ou outra faça uma confraternização entre os membros do grupo.
Mude o local dos ensaios, sempre que possível, é claro. Por exemplo, se for um grupo de dança ou teatro, ensaie um dia ao ar livre, leve-os a um lugar especial.
Mostre sua autoridade como líder, coloque regras no grupo, não permita que os componentes façam o que quiserem ou faltem quando acharem que devem faltar.
Não seja um líder autoritário, isto é, mandão, que não ouve os liderados, que é grosso ao falar, prepotente e que acha que só a opinião dele é que conta. Um líder que age assim, "espanta" os seus liderados.
Saia da mesmice. Utilize vídeos, DVDs, realize palestras, convide pessoas para falarem a respeito da área com a qual vocês estão trabalhando. Se for um grupo de louvor, por exemplo, chame alguém para dar um palestra interessante ao grupo.
Saiba perceber quando o liderado é tímido. Trabalhe com esse liderado de forma especial, incentivando-o. Não aceite piadinhas de mau gosto ou falas desmotivantes do tipo: "Esse aí nunca vai conseguir!". Esse tipo de frase, faz com que muitos se sintam incapazes e não queiram mais voltar aos ensaios.

Para o liderado
Lembre-se: é por meio dos ensaios que se aprimora tanto a parte espiritual quanto a técnica.
Faltar em demasia e sem necessidade interrompe esse aprimoramento. Isso será ruim para você mesmo.
Se você fosse o líder, certamente não gostaria que os seus liderados faltassem sem uma justificativa convincente. Então, não aja da mesma forma.
Seja participante e pergunte sempre que não souber de algo ou quando não entendeu. Caso não queira interromper o ensaio, pergunte ao final do mesmo.
Não seja um liderado "problema", aquele que vive faltando, que não tem compromisso com Deus e com o seu líder e faz o que quer. Lembre-se: Deus tudo vê e um dia a "casa cai".

Bem, ficam aí essas dicas. Espero que a partir de hoje, você tome uma posição, em primeiro lugar com Deus, e depois com o seu líder. Comece agora mesmo a mudar de atitude. Como? Indo ao ensaio!

Ana Paula Costa
Da Redação Lagoinha.com
redacao@lagoinha.com

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Formando uma equipe de louvor -Ramon Tessmann

Introdução

Resolvi dedicar o primeiro capítulo deste livro para estudarmos alguns pontos essenciais para a formação de uma equipe de louvor. E esta escolha está fundamentada numa boa razão. Em muitos e muitos lugares, várias pessoas têm questionado: "Como formar uma equipe de louvor?", "Existe uma fórmula?", "O que Deus espera de seus músicos e cantores?", "Como selecionar os levitas?", etc. Dúvidas como estas estão presente em muitas comunidades. Na verdade, este assunto é bastante complexo e não pretendo explicar todos os tópicos em profundidade. Porém, irei expor com claridade alguns pontos que devem ser levados em conta antes de um grupo ser formado ou antes de uma pessoa ser separada para este serviço.

O modelo na Bíblia

Como mencionado anteriormente, pessoas têm se questionado se realmente existe alguma fórmula secreta para a seleção de pessoas para o serviço levítico. Bem, creio que não existe uma fórmula secreta, mas sim, um modelo bastante explícito encontrado em dois textos do livro de I Crônicas. Não poderia continuar este assunto sem menciona-los:

Também Davi juntamente com os capitães do exército, separou
para o serviço alguns dos filhos de Asafe, e de Hemã, e de Jedútum para profetizarem com harpas, com alaúdes, e com címbalos. Este foi o número dos homens que fizeram a obra: segundo o seu serviço... (I Crônicas 25)

Todos estes estavam sob a direção de seu pai para a música na casa do Senhor, com címbalos, alaúdes e harpas para o serviço da casa de Deus. E Asafe, Jedútun e Hemã estavam sob as ordens do rei. Era o número deles, juntamente com seus irmãos instruídos em cantar ao Senhor, todos eles mestres, duzentos e oitenta e oito. E determinaram os seus cargos por sortes, todos igualmente, tanto o pequeno como o grande, assim o mestre como o discípulo. (I Crônicas 6-8)

Pontos Básicos

Você percebeu quantas dicas preciosas podemos retirar destes dois versos expostos acima? Você percebeu quantas direções Davi nos proporcionou com tal iniciativa? Creio que você já está ciente da boa base que pode ser extraída nos dois trechos de I Crônicas e em vários outros textos bíblicos, para o ministério de música de sua igreja. No que concerne à separação de pessoas para o serviço levítico ou à formação de ministério de música, eu gostaria de comentar alguns pontos super importantes, que devem ser levados em conta pelo ministro de música, pastor ou encarregado. Leia-os atentamente:

  • Ter chamado – para uma pessoa trabalhar no ministério de música, ela precisa, antes de mais nada, ter chamado para esta obra. Ela deve possuir uma chamado forte de Deus para estar nesta determinada área. Ela deve gostar disso, ter prazer na música. Muitos têm se frustrado ao entrar no ministério de música para agradar os pais, o pastor ou porque alguém pediu, mas não têm chamado para esta obra. Para cada um Deus tem um chamado, e nem todos serão chamados para o serviço levítico.

    Pois assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma função... (Romanos 12.4)

  • Ser aptos e treinados – deste item não há como fugir. Para trabalhar como levita a pessoa deve estar apta tanto espiritualmente, como musicalmente. Nesta parte quero tocar na técnica musical. Siga o meu simples raciocínio: para ser um músico, você precisa entender teoria musical. Para ser um cantor, você precisa ser afinado, ter ouvido. Não basta ser apenas convertido ou ser espiritual, você deve ter talento natural para a música e além do mais, estar constantemente aperfeiçoando o seu dom, que é desejo de Deus. "Um homem nunca vai ser um nadador, se ele não souber nadar". Uma pessoa nunca vai trabalhar no ministério de música, se ela não entender de música.

    ... e Quenanias, chefe dos levitas, estava encarregado dos cânticos e os dirigia, porque era entendido... (I Crônicas 15.22)

  • Ter coração submisso – aprender a ser submisso é um ponto essencial para um levita. Ele deve estar pronto a obedecer ao ministro de música, ao pastor, e a todos os seus superiores. Também deve aprender a ser exortado, ensinado e a seguir as ordens à risca, sem dar trabalho algum.

    Obedecei a vossos guias, sendo-lhes submissos; porque velam por vossas almas como quem há de prestar contas delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil. (Hebreus 13.17)

  • Ser dizimista e ofertante – o levita deve aprender a trazer seus dízimos e ofertas ao Senhor. Duas razões são bem comentadas: obediência à Palavra de Deus e exemplo aos outros crentes. Se os levitas não tiverem o coração para dizimar e ofertar vários problemas irão surgir. Além de perder a bênção de Deus, certamente alguns irmãos dirão: "...se os levitas não dão o dízimo, porque eu darei?". Além do mais, como pode um levita ministrar na casa de Deus, se ele está roubando dEle? É algo incoerente, você não acha?

    Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas. (Malaquias 3.8)

  • Ter compromisso – os levitas devem ser compromissados com Deus e com os outros levitas. Devem ter sede para ganhar almas para Cristo, sede para fazer o serviço de Deus, etc. É essencial haver um compromisso de obediência à Palavra de Dele, assim como compromisso com o chamado que Ele fez. Os levitas devem estar envolvidos com os trabalhos da igreja, tais como estudos bíblicos, grupos de orações, etc. Ser levita não é só tocar e cantar! Deve haver um compromisso sério com a obra do Senhor, dando a devida importância e sem fazer pouco caso dela.

    Maldito aquele que fizer a obra do Senhor negligentemente... (Jeremias 48.10)

  • Ter disponibilidade – muitos levitas têm o chamado, são musicais, são dizimistas e ofertantes, etc., mas não têm disponibilidade para a obra de Deus. Creio que os maiores empecilhos são o trabalho secular, a cobrança familiar, a falta de tempo, etc. Além disso, há levitas que não querem estar totalmente disponíveis e quando são convocados para o trabalho já têm várias respostas na ponta da língua: "Hoje eu não quero!" ou "Não estou com vontade!" ou "Hoje eu não posso!". Já pensou se a obra do ministério de música dependesse de nossa vontade. Muitos levitas só cantariam quando a "casa estivesse cheia", igreja lotada, ou em eventos grandes. Quando possível, os levitas devem estar prontos para dizer: "Pode contar comigo Senhor, eis-me aqui!". Não importa aonde, quando, como ou porquê. Simplesmente esteja preparado para dizer: "Eis-me aqui, envia-me a mim!". É verdade que esta disponibilidade custa um preço, e este preço devemos estar dispostos a pagar.

    Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. (Mateus 6.33)

    E quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim. (Mateus 10.38)

    Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me... (Mateus 16.24)

    Conclusão

    Como mencionado anteriormente, os itens estudados neste capítulo são de suma importância para o ministério de música. Cada um deles têm a sua importância, e se não forem cumpridos podem trazer alguns problemas. Falo por experiência própria! É necessário ressaltar que todos devem ser levados em conta, todos são preciosos. Os levitas, ministros de música e pastores devem olhar com carinho cada tópico, ler, reler e meditar sobre cada passagem e pôr em prática as dicas que as Escrituras nos trazem. Como você perceber, este capítulo foi apenas um estudo rápido e objetivo acerca do tema, mais creio que será uma valiosa fonte de informação para a sua igreja.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Louvor e Adoração – Música do Coração

Deus não quer uma bela voz, um belo espetáculo, uma bela apresentação, ou um belo toque instrumental, ele quer ouvir o seu coração...

Quando digo que Deus não se importa com as vozes e a apresentação de um grupo evangélico ou de um ministério de louvor de uma igreja, não quer dizer que não é necessário existir a qualidade vocal e instrumental. É claro que é necessário existir a qualidade ou a musicalidade, porém ela não é o "espírito da coisa".

A igreja tem que se sentir confortável para que possa, então, se derramar na presença de Deus. Se um guitarrista toca num tom, o tecladista no outro, o baterista nem sabe em que parte da música estão, e os vocalistas gritam para ver qual a voz que sai melhor no retorno, é claro que isso vai gerar um verdadeiro barulho, por melhor que seja a intenção de cada um deles. Então, ministros de louvor, tanto instrumentistas quanto vocalistas, estudem realmente a música e façam o melhor; sejam excelentes no ato de entoar os cânticos a Deus.

Mas como eu já disse, o tocar não é o que importa para Deus. Ele, na realidade, quer saber o que anda "tocando" em seu coração. São as baladas, são as palavras torpes, são os desejos carnais, são as vontades do seu eu, enfim, é seu coração? Ou será que é a Palavra de Deus, a obra de Deus, os anseios do Senhor para seus filhos?

A música que seu coração tem tocado quando não está na igreja, quando está longe dos que cultuam o mesmo Deus que você (que é o único digno de todo louvor e culto) é a mesma que toca perante os cristãos? Essa é a questão principal.

Acima de tudo e todos deve estar o Senhor. Ele deve ser entronizado em sua vida, pois está escrito: Louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o, todos os seus exércitos. (Salmos 148.2). E, não só eu, mas, também, o Senhor, consideramos você, levita, um soldado do exército de Deus; para tanto, deve agir como um soldado. Sendo fiel, correto, justo e forte (nesse caso em espírito).

A Palavra de Deus é muito clara no que diz respeito àqueles que o adoram apenas com os lábios: Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim. (Mateus 15.8). Mas também é clara quanto aos que o adoram de todo coração: O que ama a pureza de coração, e é amável de lábios, será amigo do rei. (Provérbios 22.11).

Aí fica a pergunta: Qual o desejo maior do seu coração? Será que é estar longe de Deus ou ser amigo do Rei?

Louve-o de todo seu coração, alma e corpo...

Breno Amaral - redacao@lagoinha.com